PEC-Zonal: Mapeamento para promoção de higiene e Saneamento
Mapeamento de comunidade
O método do mapeamento para promoção de higiene e saneamento nas comunidades é um instrumento que facilita aceitação do controle e prevenção de doenças relacionadas com deficiências do saneamento do meio nas comunidades.
De maneira simples e participativa as comunidades podem em três passos mais usados para mapeamento comunitário de locais de reprodução de mosquitos, focos de coliformes fecais (fecalismo a céu aberto e/ou latrinas sem tampas) potenciais causas de malária, diarreias.
O mapeamento na promoção de higiene e saneamento realça a existências de focos, rotas e vectores de transmissão de doenças relacionadas com água ou falta dela, coliformes fecais (existências de locais de fecalismo a céu aberto ou latrinas sem tampas ou tampa que deixa entrar e sair moscas, baratas e ratos que depois de contacto com as fezes vão na farinha, arroz, milho, pão, carne que serve de alimentação de pessoas.
Objectivo
O objectivo do mapeamento nas comunidades é a identificação de locais de reprodução de mosquitos, moscas e focos de coliformes fecais nas zonas de residências ou de trabalho. Ajudar a comunidade na identificação de áreas com maior incidência da malária e diarreica relacionada com a proximidade das causas de perigos de vida. Ajudar a comunidade na planificação de acções adequadas para solução dos problemas de reprodução de mosquitos, prevenção (controlo) da malária, diarreia e ajudar a monitorização da distribuição de focos e vectores de doenças.
Materiais
Os matérias para mapeamento comunitário não é indispensável uso de materiais convencionais ( papel e canetas), pode ser feito no chão plano e limpo usando folhas, paus, farelo, pedras, cinza, solo, etc. Contudo, se houver papel disponível, o mapa pode ser usado para efeitos de consulta numa etapa posterior. Se se pretender usar o mapa para efeitos de monitorização é indispensável o uso do papel para que se deixe o mapa com a comunidade.
Método
No PEC-Zonal, para tornar o processo participativo, escolhe-se entre os participantes um grupos de cerca de 20 pessoas e pede-se-lhes para que usem o seu conhecimento no desenho do mapa da sua área de residência/trabalho (contornos dos limites da aldeia, traçar estradas/caminhos, casas, cemitérios, terrenos vazios, árvores grandes, rios, fontes de água, escolas, lixeiras, casas de famílias mais conhecidas, etc.).
Estando o mapa completo, pede-se ao grupo que cada um se identifique com um objecto do mapa: casa ou escola, por exemplo, para contar o que se passa no dia a dia relacionado com mosquitos, malária diarreias, familiares e números de pessoas doentes.
A parte final do teatro o grupo apresenta o seu mapa a comunidade, destacando as áreas de reprodução de mosquitos e ou potenciais focos de doenças, agregados familiares a malária e diarreias são frequentes.
Desenvolve-se a discussão sobre as constatações do mapa, abordando-se as questões relacionadas com o que pode ser feito para prevenir focos de coliformes fecais e paludismo.
Pontos para discussão:
· O que mostra o mapa sobre focos de (coliformes fecais ou fezes) diarreia e (mosquita do paludismo) malária nessa comunidade?
· O que provoca a diarreia e como é que pode ser transmitida? É verdade que uma latrina sem tampa é foco de doenças (perigo de saúde)?
· Onde é que fica os focos de (coliformes fecais) diarreia? Os locais ficam perto das nossas casas?
· Há algum problema relacionado com (coliformes fecais) fezes, (paludismo) malária nas épocas do ano quando há muita chuva, muitas cascas de fruta, muita vegetação, etc?
· Porque se deve preocupar por fezes, malária, mosquitos e moscas que se reproduz próximo de casas?
· Que acções se deve realizar a partir dessa altura para evitar que haja malária e diarreia naquela zona?
Fonte: Centro de Formação Profissional da Direcção Nacional de Água da República de Moçambique. Folheto PHAST para cursos de Participação e Educação Comunitária, (1996).Curso de Formação de Formadores de Água e Saneamento.
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